sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O AMOR

Estava eu, revirando minhas gavetas em prol de um processo, quando de repente me bato com uma caixinha que guardo recordações. Encontrei alguns textos, e alguns poesias bem antiguinhas minhas que vou postando aos poucos aqui, afinal de contas, recordar é viver! Rsrsrsrs...
Mas o texto abaixo, foi dado acho eu, quando ainda estava no terceiro ano científico, e por um professor maravilhoso Ary Quadros, ou Tio Ary, para alguns.
Um exemplo de pessoa, e um profissional, muito bom!
Esse texto para alguns vai parecer besta, fácil, mas Tio Ary, é assim, nos dá coisas de fácil entendimento a primeira vista, mas que deixam ensinamentos profundos.
Obrigada Tio Ary, por tudo! Suas lições estão bem guardadas... e tenho feito uso de algumas delas, que só depois de algum tempo pude entender, mas tenha certeza que as revisito constantemente, para que elas surtam efeito, e para que minha compreensão sobre elas seja acertada!
Um beijo com carinho, açúcar e afeto.
A autoria eu do texto baixo, desconheço.

Maria de Fátima era professora da terceira série. Uma turma muito agitada, mas que vivia surpreendendo-a com idéias criativas. Numa das aulas, Cibele, uma das alunas mais aplicadas, perguntou:
- Professora, o que é o amor?
Maria de Fátima sentiu que aquele era um bom momento para ensinar aos alunos o verdadeiro sentido do amor, não o amor banalizado como a sociedade trata hoje. Propôs então uma brincadeira. Todos deveriam ir para o pátio do colégio. Deveriam procurar e levar para a sala o objeto que mais despertasse neles o sentimento do amor.
As crianças saíram rapidamente, empolgadas com a tarefa. Depois de quinze minutos, voltaram.
- Quero que cada um mostre o que trouxe – disse a professora.
Aninha tomou a frente e disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?
Leonardo, orgulhoso falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la na minha coleção.
Outra criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram mostrando o que tinham trazido para simbolizar a beleza do amor.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. Era Juliana. Maria de Fátima se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, porque você não trouxe nada?
E Juliana, timidamente, respondeu:
- Desculpe professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-lo, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração.

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